terça-feira, 30 de novembro de 2010

"Portugal está insolvente e vai recorrer ao fundo de resgate", diz Citigroup

Portugal está "insolvente" "vai ter de recorrer em breve ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira", afirma o economista chefe do Citigroup

 
Portugal está "insolvente" e pode precisar de recorrer ao fundo de resgate europeu a que já recorreram a Grécia e a Irlanda, segundo o economista chefe do Citigroup, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.

"A atenção do mercados pode voltar-se para a dívida soberana de Portugal, que aos atuais níveis das taxas de juro e das taxas de crescimento é menos dramático, mas ainda assim insolvente", afirmou Willem Buiter, economista chefe do Citigroup, num relatório datado de segunda feira.

O economista disse ainda que Portugal "vai ter de recorrer em breve ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira".

Pelas 11:43, os juros estavam da dívida portuguesa soberana a dez anos estavam a negociar em máximos de 7,051%, de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg.

Este valor supera os 7,036% do anterior máximo histórico de 7,036, alcançado a 10 de Novembro. 

Juros da dívida soberana em máximos 

Já o 'spread' da dívida portuguesa face à alemã nos títulos a dez anos, ou seja, o prémio pedido pelos investidores para comprarem obrigações portuguesas em vez de alemãs, está nos 459,0 pontos base.

Os juros da dívida soberana da Espanha também estão hoje a negociar em máximos de 5,501%, acima dos 5,427% registados segunda feira. 

Hoje, o euro segue em queda, a negociar a 1,3026 dólares, com os receios de que Portugal e Espanha tenham de seguir a Irlanda. No fim de semana, os ministros das Finanças da zona euro aprovaram um pacote de resgate à Irlanda no valor de 85 mil milhões de euros. 

Miguel Sousa Tavares - "Facebook é a Maior Ameaça do Século XXI"


Concordo plenamente com a opinião de Miguel Sousa Tavares. Nunca tive facebook e é raro o dia que não recebo um convite ou dois para fazer parte do Facebook.

Acho aquilo uma anormalidade, as pessoas já não comunicam umas com as outras, já não se falam, vivem cada vez mais enfiadas numa redoma e isso torna-as mais frias e sem valores humanos.

Por outro lado, o Facebook é  uma devassa da vida privada, e as pessoas esquecem-se que ao aderir a semelhante serviço, estão a escancarar a sua vida na internet como se um reality show se trata-se. Tudo serve de comentário, a namorada(o) que traiu, a dor de dentes, o vestido novo, o amuo, a amiga que deixou de ser amiga, as intrigas, etc etc... Enfim... 

Prefiro muito mais pegar no telefone e telefonar aos meus amigos, sem qualquer motivo aparente, para perguntar... então Zé como estás?? do que andar a perder tempo com facebooks e outras parvoices. Um telefonema a um amigo que eventualmente está em crise, que podemos ajudar de imediato é muito mais importante, mais satisfatório da felicidade pessoal do que a porqueira de um Facebook.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

O Estado Está Falido - Medina Carreira

RECEITAS PARA VENCER A CRISE

Caros,

Cá vos apresento, como já vai sendo habito mais uma receita para vencer a crise - Macarrão Gratinado.

Mais uma vez solicito a quem tiver receitas, que cumpram os critérios "Para Vencer a Crise", ou seja, ser barata, com ingredientes fáceis de adquirir e de fácil preparação agradeço que as envie para blog.faroefaro@gmail.com, terei todo o gosto em as publicar.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

Macarrão Gratinado


Ingredientes:
  • 1 pacote de massa grossa, tipo macarrão
  • 1 cebola
  • 1 embalagem de cubos de bacon
  • 1 Embalagem de delicias do mar
  • 1 lata de cogumelos laminados
  • 1 embalagem de queijo parmesão ralado
  • 1 pacote de natas
Preparação:

Cozer a massa com um pouco de sal e óleo para não colar. 
Entretanto fazer um refogado com cebola picada e azeite.
Juntar cubos de bacon e os cogumelos.
Deixar apurar. Juntar as delicias e desligar o lume.
Escorrer a massa, que deve estar "al dente" e dispor num tabuleiro de ir ao forno.
Por cima colocar o preparado feito com o bacon, etc. Envolver na massa de forma a que bem distribuído. Por cima deste despejar as natas de forma a que fiquem distribuídas por toda a massa. Finalmente o queijo ralado e levar ao forno a gratinar.
Quanto ficar lourinha e as natas tiverem sido absorvidas está pronto.

Acompanha com uma generosa salada de alface e cenoura ripada.

Bom apetite

Desemprego fixou-se nos 11% em outubro

A taxa de desemprego em Portugal situou-se em outubro nos 11%, enquanto na zona euro subiu para os 10,1%, segundo o Eurostat

A taxa de desemprego em Portugal, divulgada pelo Eurostat, fixou-se em outubro nos 11%, menos uma décima que em setembro e mais 0,8 pontos percentuais em termos homólogos.

O gabinete europeu de estatísticas reviu em alta a taxa de desemprego para setembro, de 10,6% para 11,1%, valor igual ao estimado nos últimos quatro meses.

Em outubro do ano passado a taxa de desemprego em Portugal era de 10,2%, o que representa uma subida homóloga de 0,8 pontos percentuais.

Zona euro: desemprego sobe para 10,1%

A taxa de desemprego na zona euro passou dos 10% em setembro para os 10,1% em outubro. O valor de setembro compara com os 9,9% registados um ano antes.

Na União Europeia (UE) a 27, a taxa de desemprego foi de 9,6%, o mesmo valor registado em setembro.Em setembro de 2009, a taxa de desemprego na UE era de 9,4%.
 

Algarve é a região do país onde o desemprego mais subiu em 2010
 
O desemprego no Algarve pode atingir este inverno um “quadro muito negativo”, com o número de afetados a chegar aos 33.000 e a taxa a atingir os 15 por cento, alertou a União de Sindicatos do Algarve.

“Se em 2009, com 16.000 desempregados no verão, chegámos aos 30.000 no inverno seguinte, e se neste verão tivemos para cima de 20.000, significa que seguramente teremos mais de 30.000 desempregados no próximo inverno. Podemos estar a falar de 33.000 ou 34.000 desempregados no Algarve”, afirmou o dirigente sindical António Goulart.

O sindicalista sublinhou que, “há dois anos atrás, valores da ordem dos 20.000 desempregados correspondiam a um sinal de crise gravíssima no Algarve, mas no inverno”, o que “demonstra a gravidade da crise que se vive na região neste momento, porque esses valores foram atingidos em julho e agosto (deste ano) e até ultrapassados”.

“Em julho e agosto tivemos mais desempregados do que no pior mês dos últimos 20 anos, que tinha sido janeiro de 1996”, frisou, acrescentando que "em setembro os dados oficiais registaram 21.668 desempregados, mais 1055 que estavam em programas ocupacionais".

António Goulart alertou, no entanto, que se tem assistido a um agravamento do desemprego noutras áreas e deu como exemplo o caso da empresa de handling Groundforce, que vai suspender as suas operações no aeroporto de Faro e dispensar os seus 336 trabalhadores.

“Entretanto estão a surgir alguns dados e elementos novos que nos podem obrigar a fazer uma profunda correção desta estimativa em sentido negativo, porque estamos a assistir ao surgimento de desemprego mais acentuado nalguns sectores, de que é exemplo o que se está a passar na Groundforce”, afirmou.

O caso recente de 22 enfermeiras dispensadas de sete centros de saúde da região, a falência sucessiva de pequenas e micro empresas ou a insolvência do grupo Alicoop foram outros exemplos apontados pelo sindicalista.

António Goulart frisou ainda que as medidas de austeridade contidas no Orçamento do Estado para 2011 ou a introdução de portagens na Via Infante (A22) vão “criar um cenário de recessão económica que irá agravar os problemas sociais e o desemprego na região”.

“Ao longo dos meses de verão fomos assistindo à confirmação daquilo que previmos na primavera, quando dissemos que o Algarve teria no verão um número de desempregados acima dos 20.000, num quadro em que, há dois anos atrás, valores dessa ordem correspondiam a um sinal de crise gravíssima na região, mas no pico de desemprego de inverno”, insistiu.

O dirigente sindical admitiu ainda que “se com 30.000 desempregados a taxa de desemprego do primeiro trimestre no Algarve foi de 13,6 por cento, com 33.000, 34.000 ou 35.000 desempregados neste próximo inverno, [a taxa] vai seguramente chegar aos 15 ou 16 por cento”.

“Mas sinceramente espero que estejamos errados nesta nossa previsão, porque a confirmar-se será um cenário muito, muito grave”, concluiu o dirigente da estrutura sindical do Algarve, a região do país onde o desemprego mais subiu em 2010. 
 

Teixeira dos Santos abre a porta a mais mexidas no Código do Trabalho

Aprovado o Orçamento, é necessário prosseguir com as reformas estruturais, que permitam, nomeadamente, flexibilizar o mercado de trabalho. Na sua intervenção no Parlamento, o ministro das Finanças pediu ainda estabilidade política. 
 

O ministro das Finanças afirmou hoje, no Parlamento, serem necessárias mais reformas estruturais, nomeadamente no campo do mercado de trabalho.

“Esta política de consolidação orçamental não é incompatível com uma política de reforço dos factores de crescimento e de competitividade; deve ser complementada com reformas estruturais, que permitam esse reforço. Reformas que já foram iniciadas, na educação, que promovam maior flexibilidade e concorrência nos mercados de bens e serviços, que melhorem o funcionamento do mercado de trabalho, promovam o seu mais rápido ajustamento e o mais rápido retorno dos desempregados à vida activa, que reduzam a dependência energética face ao exterior”, afirmou Teixeira dos Santos.

“Consolidação orçamental e reformas estruturais constituem o binómio em que assenta a acção do Governo, para promover o acesso aos mercados e o crescimento sustentado da economia portuguesa”, sublinhou ainda. 
 
Teixeira dos Santos iniciou a sua intervenção perante os deputados exprimindo a sua satisfação em “como decorreu a apreciação e votação do Orçamento do Estado na especialidade”. 
 
“Com base no acordo celebrado com o maior partido da oposição, teve condições para aprovar o documento nesta câmara. O acordo foi respeitado e por isso temos condições para estar confiantes. O país está agora melhor preparado para enfrentar os desafios com que se confronta”, sustentou.

“Estamos em condições de reduzir o défice para 4,6% do PIB no próximo ano, adiantou ainda, acrescentando que “o empenho numa consolidação credível e apresentação de resultados coerentes com os objectivos pretendidos são condições fundamentais para acalmar os mercados financeiros”.

Nesta perspectiva, o ministro das Finanças lembrou que “o mundo tem os olhos postos em nós. Importa agora mostrar que somos capazes de honrar os compromissos assumidos e prosseguir com a execução do Orçamento”.

“Há que promover a estabilidade política. Não ignoramos as razões pelas quais nos sentamos em bancadas separadas, podemos até achar difícil encontrar razões que nos unam, mas nos tempos que correm, no interesse do país, ajudar o país a enfrentar os problemas com que se confronta é razão bastante”, afirmou no final da sua intervenção Teixeira dos Santos, num revelado apelo à estabilidade.

Antes, o ministro das Finanças tinha também sublinhado a importância do financiamento para a economia e, como consequência, para as famílias portuguesas.

“O financiamento é o combustível que permite movimentar a economia e sem combustível não vamos a parte nenhuma”, destacou, considerando que “o ataque dos mercados é um teste aos países e à Zona Euro”, à qual é exigida, no seu conjunto, uma resposta para lidar com a crise.

“A crise, ao aumentar o défice e a dívida pública, desviou-nos do caminho reconhecido internacionalmente e fragilizou-nos”, disse ainda o ministro, pedindo a empresas e às famílias que invistam mais nas suas poupanças.

“Poupar mais estimula e promove o crescimento. É solidificar os alicerces sobre os quais construímos o nosso futuro”, afirmou.

O Orçamento do Estado para 2011 foi hoje aprovado em votação final global com os votos favoráveis do PS, a abstenção do PSD e o voto contra do CDS-PP, BE, PCP e PEV. 
 
 

Pobreza em Faro: Ou tratamos dela... ou ela trata de nós!!!


Em 2003, Ana Alexandra Santos, de 22 anos, vivia numa pequena barraca na Horta da Areia, bairro periférico de Faro, com o marido e um bebé de sete meses. Os buracos no telhado deixam passar frio e chuva. “Isto é uma miséria. Nem posso dar banho à criança”, lamenta. O filho, André Filipe, que durante todo o dia apenas se alimenta com o leite materno, foi hospitalizado aos três meses devido a uma broncopneumonia, doença que Alexandra associa às condições precárias em que vive a família.

“O rendimento mínimo pouco ultrapassa os 100 euros por mês, o que não dá para nada, nem para as fraldas”, queixa-se. Face à miséria que afecta este agregado familiar, Alexandra deixa um alerta: “Era bom que a Câmara nos desse uma casinha, comida e cobertores, É a saúde do meu filho que está em risco.”

A Horta da Areia é um dos bairros da capital algarvia onde se concentra um maior foco de pobreza. No entanto, também no sítio de Lejana de Cima, em plena zona de expansão urbana, várias famílias ciganas vivem em precárias condições de habitabilidade. No total, estão referenciados, no concelho, 719 casos de pobreza, 250 dos quais localizados na Horta da Areia.

A Câmara Municipal de Faro prometeu-lhes ajuda. Prometeu-lhes casas novas, prometeu-lhes agasalhos e comida. Passados 7 anos, tudo está rigorosamente na mesma.

“Antes de darmos casas às pessoas, há que adquirir terrenos, o que é um processo demorado, e só depois construí-las. Não se pode esperar a solução ideal para fazer alguma coisa, porque, se não acontece o que está à vista, as pessoas continuam a viver nestas condições degradantes”, justificava José Vitorino. O projecto dos Braciais nem chegou a sair do papel.

UM CAFÉ E UMA FATIA DE PÃO

Em 2003, na casa de Maria de Fátima dos Santos Boguinha havia 12 pessoas – mas a casa era apenas uma. Maria de Fátima, de 41 anos, vivia há onze na Horta da Areia, onde partilha três quartos com marido, filhos e netos. “Isto não é uma casa, é só um bocado de platex com umas chapas por cima. Há ratos por todo o lado e o frio congela-nos os ossos”, denunciou.
 
Onde está esta senhora em 2010? Será que foi realojada? Será que ainda lá vive! Temo bem que sim! 

COBRAS E RATAZANAS

Há meio século que Marcelina Zanibita conhece de perto os dissabores da vida. Mora há mais de duas décadas numa casa sem janelas nem portas interiores, a qual partilha com o marido e um filho. “Queremos governar vida e não podemos. O nosso presidente disse que vinha arranjar as casas, mas ainda não fez nada, embora esteja tudo a cair”, queixa-se a mulher, que lamenta ainda a falta de recursos para cuidar da saúde, que “também que já não é muita”.

Ferida na mão direita, diz que nem para ir à farmácia “aviar uma receita” tem dinheiro, embora o médico a tivesse avisado dos perigos. “Se não tomo os remédios fico sem a mão, mas não tenho um tostão para nada! Quero comprar os remédios e não posso”, lamentava-se.

A casa onde viveu tinha três quartos, cozinha, casa de banho e sala, mas todas sem qualquer funcionalidade. Para além de exíguas, às divisões falta o equipamento necessário. “Nem sanita temos. Isto é uma desgraça e está tudo partido. Aqui só há cobras e ratazanas. Não podemos considerar isto uma casa”, criticava Marcelina, que, de vez, em quando vende no mercado “umas peças de roupa para ganhar algum” e sobreviver.

“Há dias em que não se vende nada. Temos uma carrinha mas está ali com as rodas vazias”. O pouco que o casal recebia com as vendas “dáva para o comerzinho” e não era sempre. Durante dias inteiros, Marcelina apenas sentia o sabor do café que bebia pela manhã. “Ainda ontem passei o dia inteiro sem comer nada”, contava. É que o pão, quando não era fiado ou oferecido pelo padeiro, não entrava em casa.

Como será que está a Marcelina Zanibita hoje, oito anos volvidos??? Muito provavelmente estará em situação identica, dado que nestes ultimos anos pouco ou nada se fez em Faro em termos de habitação social, e pouca ajuda a edilidade deu a quem mais precisa.

BARRACA EMPRESTADA…

Maria Orlanda Martins tinha 28 anos e era mãe de cinco filhos. A família viveu debaixo de uma árvore, coberta por uma lona, nunca no mesmo lugar, mas sempre nas imediações do centro de saúde. “É uma vida difícil, pois a Polícia manda-nos sempre embora”, dizia. Ultimamente Maria Orlanda tem estado albergada numa barraca emprestada, na Lejana de Cima. “Uns amigos ciganos, que agora não estão cá, tiveram pena de mim e meteram-me aqui com as crianças. Estou aqui uns dias, até que os donos voltem”, revelava a mulher, preocupada por não ter onde pôr a dormir os filhos, com idades compreendidas entre os dois e os 14 anos.

“Ainda ontem vim do hospital com o meu filho mais novo, que tem uma infecção no pulmão por causa do frio”, contava Maria Orlanda, beneficiária do rendimento mínimo. Por mês recebe 350 euros, quantia que, garante, não chega para sustentar a família. “Só nos medicamentos gasto quase todo o dinheiro, sobretudo para o bebé, que tem uma bronquite”, revelava. O marido de Maria Orlanda não trabalha, porque “não lhe dão emprego”, alegou. No Verão trabalhava nas estufas. Mas há dias em que os membros mais velhos da família não comiam. Passavam fome.

Que terá acontecido a esta dona Maria Orlanda, e quantas Marias Orlandas ainda haverá na nossa cidade de Faro? 





…OU CARRO EMPRESTADO

Telma dos Santos, 20 anos, dormia em 2003 com o marido e a filha de 18 meses “dentro de um carro emprestado”, porque na tenda que lhes servia de abrigo o chão era feito de terra e pedras. Na vizinhança não conseguiam um quarto, pois todos apresentam “miséria a mais” para possibilitar essa ajuda. “Faz muito frio. Quando chove a tenda fica toda molhada porque a água entra e não conseguimos estar cá dentro”, referia a jovem.

O marido costumava apanhar marisco para vender, mas nem sempre consegue trazer dinheiro suficiente para sustentar a casa. “Eu queria ir com ele mas não posso. A minha menina está quase sempre no hospital. Ainda há poucos dias esteve internada, porque apanhou uma broncopneumonia aqui, por causa do frio. Vivemos muito mal”, queixava-se a mulher, que recebia 175 euros por mês do rendimento mínimo. A comida para a filha, Érica, era o mais importante. Essa tentavam que nunca faltesse, nem que o casal tenha de passar alguma fome, reconhece Telma dos Santos. “Quando está bom tempo ainda podemos comer e dormir na tenda, mas quando chove isto é um rio, não podemos estar cá dentro, as nossas coisas, que já são poucas, molham-se todas”, diz com tristeza. “Estou a viver muito mal. Recolhem tantas pessoas com mais do que eu, também me podiam recolher a mim”, solicitava, esperançada numa das novas casas então prometidas pela Câmara.
 
Passados estes anos, em 2009 o apolinário aparecia prometendo as novas casas, foram construidas as habitacoes a custos controlados para vender, mas foram so 144 fogos que pessoas deste nivel de pobreza nao poderiam pagar, na Avenida Gulbekian.

E estas pessoas com este nivel de pobreza estrema? A Caritas está a ponderar abrir com caracter de urgência um refeitório para atender a pobreza em Faro, li no Jornal de Noticias, dado o elevado numero de pessoas em situação de pobreza extrema.
 
Será que não seria de o Eng. Macário neste Natal ponderar uma operação especial de Natal para dar a estas pessoas uma dignidade especial, neste periodo de crise???
 
Ou ainda, manter as cantinas das escolas primárias abertas, para que estas pessoas de baixos recursos tenham direito pelo menos, a uma refeição quente, a semelhança do que Rui Rio vai implementar no Porto?
 
Eu nao me importava nada de trocar a porcaria da iluminação de Natal, para que algumas pessoas pudessem ter um Natal com mais dignidade. Fica aqui o repto para o ano... este ja não, que alguem ja ganhou o dinheiro... 
 
Triste cidade esta... que dá mais valor à aparencia do que aliviar quem sofre.
 
 
Cumprimentos cordiais 
 
Luís Passos 
 
 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Banco Alimentar recolheu 190 toneladas no Algarve

O Banco Alimentar Contra a Fome recolheu 190 toneladas de alimentos no Algarve, durante a campanha no fim de semana. A nível nacional a instituição angariou 3265 toneladas de alimentos. 

Na campanha de Novembro de 2009 o Banco Alimentar (BA) Algarve tinha recolhido 149 toneladas.


Segundo Adriano Pimpão, presidente do BA no Algarve, o aumento das contribuições “foi devido ao grande movimento de solidariedade da sociedade portuguesa e ao profissionalismo e dedicação de milhares de voluntários que nada pedem em troca que não seja a recusa do desperdício e a possibilidade de minorar as carências alimentares de milhares dos seus concidadãos”.

O responsável frisa ainda que o número de voluntários na região “excedeu as expectativas, havendo ocasiões em que havia filas para colaborar na recolha e armazenamento dos alimentos”. 

“Também se registou um aumento significativo no numero de voluntários organizados por empresas, bem como um grande aumento de apoio de transporte dos alimentos”, diz Adriano Pimpão e lembra que os bens recolhidos serão agora distribuídos a cerca de 15 mil pessoas, através das Instituições de Solidariedade que trabalham em colaboração com o Banco Alimentar do Algarve.

Tribunal decide despejo da Associação de Músicos (ARCM)

A Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM) está em risco de ir para a rua, agora que o Tribunal Judicial de Faro emitiu, a 1 de Outubro, sentença de despejo das instalações de há 20 anos, “considerando não haver necessidade de julgamento e dando a razão ao senhorio”. Músicos contestam em tribunal e na rua. 


Assim, já no Sábado, 4 de Dezembro, a ARCM está a preparar um desfile pelas ruas de Faro para “dar visibilidade à real possibilidade de dezenas de projectos musicais, grupos de teatro, grupos de dança e outros projectos artísticos que se desenvolvem na sua sede, poderem ficar sem este espaço e serem obrigados a ficar na rua com todos o seus instrumentos musicais, equipamento sonoro ou material cénico”, anuncia a associação.

A concentração dos participantes terá lugar às 9h30 na sede da ARCM e o desfile percorrerá o centro da cidade, com passagem pelo Mercado Municipal, Teatro Lethes, Rua de Sto. António, terminando no Coreto do Jardim Manuel Bívar.

“Se os Músicos ficam sem casa, inevitavelmente Faro vai ficar sem música!”
A ARCM “apela a todos as associações, instituições e outras organizações com quem ao longo destes 20 anos tem mantido relações de amizade e parceria, que se façam representar nesta acção, que tragam elementos identificativos e que contribuam para que este seja um desfile representativo da dimensão e abrangência do trabalho desenvolvido”.

O apelo é também para “músicos, actores, dançarinos, que sabem melhor que ninguém o que representará em termos pessoais e colectivos, o fim de todos estes projectos”.

“Tragam o instrumento musical, ou outro elemento representativo da sua actividade artística, e que irão desfilar em silêncio porque :
A Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM) acolhe em 18 salas de ensaio, 31 bandas que juntam mais de 150 músicos de todos os estilos musicais e é já, juntamente com a sua sala de espectáculos, uma referência nacional.
 
Trata-se de uma “indispensável infraestrutura” que serve de espaço de apoio aos seus mais de 400 sócios, bem como a grupos de dança, teatro, colectivos de DJ’s e outras associações da cidade e do Algarve, que por falta de espaço próprio recorrem a esta para desenvolver as suas actividades.
A ação de despejo que põe em risco a continuidade deste projecto que, sem fins lucrativos, mas financeiramente auto-suficiente, que serve transversalmente a comunidade farense, a cultura da região e representa, nesta dimensão e abrangência, um exemplo único de associativismo que cria as condições necessárias à liberdade criativa e de expressão, salienta a ARCM.
 
Recorde-se que a ação de despejo foi interposta por um promotor imobiliário que pretende construir todo o quarteirão, com uma cércea superior a sete andares, desde a sede da associação,um armazém entretanto remodelado pelos músicos, atépróximo das casas térreas do antigo bairro da CP, passando pelo silo desativado e cujo processo se encontra em fase de apreciação na autarquia de Faro.
 
 
 
Segundo o comunicado da ARCM, a acção de despejo do Tribunal Judicial de Faro, desencadeada pelo actual senhorio, em 28 de Janeiro de 2010 foi contestada judicialmente pela ARCM em 9 de Março.
A 1 de Outubro, apenas 6 meses após a contestação, “o Tribunal Judicial de Faro emitiu a sentença, considerando que não havia necessidade de audiência de julgamento e dando a razão ao senhorio”.
Um processo, “meteórico” que segundo a ARCM, “apesar de demonstrar a celeridade com que a justiça parece começar a funcionar (o que abona a seu favor), deixa novamente a ARCM numa situação trágica tendo em conta que, apesar de bastantes esforços nesse sentido, ainda não há quaisquer garantias de um novo espaço para a continuidade deste projecto”.
 
Não concordando com os fundamentos da sentença, a ARCM recorreu da decisão do Tribunal Judicial de Faro para instância superior e, simultaneamente, vai dar início a uma série de acções fora de portas que têm como objetivo “alertar a população de Faro e da região sobre o trabalho desenvolvido ao longo de 20 anos que pode ter um fim a curto prazo, caso não seja encontrada uma solução para o realojamento definitivo”.



O Blog Faro é Faro é completamente solidário com ARCM, e dá-lhe todo o apoio e visibilidade que for necessário. Basta que me envie os vossos textos para o mail blog.faroefaro@gmail.com
 
Eventualmente, um local de características idênticas ao vosso actual, quer em volumetria quer em similitude onde poderiam criar uma nova sede seria na antiga fábrica da INDAL (Danisco) que foi recentemente desactivada quer nos armazéns ao lado. Sei que parte do complexo está para alugar, seria uma boa oportunidade. Não sei o valor da renda, mas penso que isso seria negociável. 
 
Contactem o "BRUCE" na Navepegos (estaleiro atrás da Indal) que penso que ele representa os proprietários (Sr. Luís). 
 
Cumprimentos cordiais
 
Luís Passos 

RECEITAS PARA VENCER A CRISE

Caros,

Aqui vos deixo mais uma receita para vencer a crise. Desta vez a receita suspeito ser da autoria do meu amigo Pedro Carrega, e publicada no blog Tesourinhos da Cozinha.

Por se tratar de uma receita muito barata, recorrendo ao aproveitamento da carne de refeições anteriores, levando a poupança, e devido ao seu baixo custo de confecção, aqui a apresento com uma receita elegível à categoria de "Receita para Vencer a Crise".

Quero também pedir aos leitores que conheçam receitas baratas e de fácil execução que achem dignas de inserir nesta rubrica que venho publicando com regularidade, as "Receitas para vencer a crise", agradeço que enviem por mail para blog.faroefaro@gmail.com que terei todo o prazer em as publicar.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

QUICHE DE SOBRAS DE CARNE


Ingredientes p/ massa:
2 chávenas farinha                                                            
2 colheres de manteiga                                                       
2 colheres (sopa) água
1 pitada de sal
1 ovo
 
(ou entao, sugestão minha, pode comprar uma base de massa quebrada para tarte ou quiche ja pronta que eventualmente até sairá ainda mais barato, e preciso lembrar que esta é uma receita para vencer a crise) 
 
Ingredientes p/ recheio:
1 cebola picada
2 dentes alho
3 rodelas pimento picado
2 chávenas carne picada (restos de carne de qualquer tipo)
1 colher (sobremesa) maizena
1/2 chávena leite
1 chávena (café) queijo ralado
1 cenoura ralada
1 chávena (chá) bróculos ou espinafres cozidos (esmigalhados com um garfo)
Especiarias e sal q.b.
 
Preparação massa:
  Colocar os ingredientes num alguidar pequeno e amassar até fazer uma bola flexível.
  Levar ao frigorifico 20 minutos.

Preparação recheio:
  Alourar numa frigideira, a cebola, o alho e o pimento com um fio de azeite.
  De seguida colocar a carne e o leite, deixar apurar em fogo lento com tampa. Depois de apurar colocar os restantes ingredientes e deixar 10 minutosa ganhar sabores em fogo lento.
  Enquanto se esperar, coloca-se a massa numa superficie lisa e com o rolo espalha-se com um pouco de farinha , até ficar com a forma certa.
  Colocar sobre a forma de aluminio e moldar, retira-se as aparas extras e guarda-se.
  Pique o fundo da massa com um garfo e leve ao forno a 200ºc +/- 5 minutos.
  Passados os 5 minutos coloque o recheio e com as aparas que sobraram enfeite a parte de cima da quiche, por fim pincele com ovo e leve novamente ao forno (180ºc) por 20 minutos.

Esta quiche pode ser feita com peixe cozido ou simplesmente com legumes, usando mais variedade, como por exemplo, courgete e couve-flor.


plano-inclinado: Contibuto do sector agricola para o nosso PIB


Caros,

Aqui vos deixo mais uma edição do programa "Plano Inclinado".

Penso que o tema desta semana é bastante importante... a agricultura... Um pais que vira as costas a agricultura, ao sector produtivo e que alimenta as pessoas com importações não pode ter grande futuro.

Muito importante esta edição.

Luís Passos

domingo, 28 de novembro de 2010

Valentina Calixto inaugura a nova Barra da Fuseta


Tenho muitas duvidas sobre isto, a ARH mandou fechar a barra que foi criada pela própria natureza e abriu outra 800 metros mais abaixo. 

Penso que este procedimento se prende com a construção de edifícios junto da baixa mar, que ficariam em perigo com a barra que a natureza abriu.
Assim, como se verifica pela entrevista, toda a zona do canal da barra esta já assoreado, conforme se verifica neste post do blog Olhão Livre, e necessita de intervenção para manutenção das condições de navegabilidade. Já foi gasto perto de 1 milhão de euros e parece que vai ser gasto ainda mais.

Enfim... estou algo apreensivo com o que está a passar na nossa Ria... É muito disparate junto... espero que a natureza se encarregue de repor a situação mais conveniente. Só lamento o dinheiro gasto que fazia falta para outras coisas em tempo de crise.

Cumprimentos cordiais

Luís Passos


Tomás Cabreira - O fim de uma era chegou






Caros amigos,

Após ver o excelente post da Profª Rogélia Caetano publicado n'A Defesa de Faro, venho aqui recordar que semelhante, senão pior atentado está para se cometer na Escola Secundária Tomás Cabreira.

Toda a parte da frente da escola vai ser arrasada para dar lugar a um parque de estacionamento em espinha, o muro, o gradeamento, e as árvores centenárias que lá existem, vão ser todas arrancadas.


Vai-se perder a protecção destas árvores, que no verão bastante falta fazem para dar sombra e frescura. O efeito estético destes plátanos e fabuloso, reparem bem quando se caminha rua abaixo, protegendo quer do sol como da chuva.



Por dentro o edifício vai ser descaracterizado, debaixo do campo de jogos vai surgir uma cave onde serão alojados os laboratórios, local frio e húmido e sem luz natural, completamente desadequado para este tipo de serventia.

O edifício que é composto por paredes de 50 cm de espessura, em pedra com um comportamento térmico de fazer inveja, vai ver grande parte da sua estrutura demolida e substituída pelo tijolo, que mesmo sendo de parede dupla, nem perto nem longe chega ao comportamento da parede de pedra. Não é por acaso que no verão é perfeitamente possível estar numa sala de aula da Tomas Cabreira, mesmo sem Ar condicionado, devido ao excelente comportamento térmico do edifício.

Para além disso, grande parte dos pavimentos que são de mosaico vão ser arrancados, uma pena, pavimentos em bom estado, duradouros, de um material que já não se fabrica. Reparem o estado em que se encontra o "Terrazzo" que foi instalado no forum... e comparem com o mosaico da Tomas Cabreira que tem mais de 50 anos de aplicado,??? Milagre? Com miúdos a correr a andar por cima dele todos os dias? Não... boa qualidade do material.

Temos em Portugal esta ideia saloia que o que é velho não presta, o que é novo é que é bom; e quando aparece alguém a defender o que é mais antigo é logo apelidado de Velho do Restelo ou inimigo do progresso. Estou-me nas tintas pare esse rótulo. Infelizmente nunca frequentei a Tomás Cabreira nem o Liceu João de Deus, fui parar a Escola Pinheiro e Rosa, que enfim... e uma escola feia, sem pergaminhos, fica onde o judas perdeu as botas, mas fico muito triste em ver duas grandes instituições como o Liceu e a Tomás perderem a sua mística, a sua identidade, a sua traça.

Digam la se esta imagem seguinte não é já uma imagem de marca da nossa cidade???

Alguém se atreve a deixar destruir esta paisagem? Sr. Arquitecto Silva Grade, que muito fala e muito comenta por ai... vah lá homem... diga alguma coisa... defenda a nossa cidade.
Eu já fiz a minha parte!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

ALAMEDA - O fim da Avenida das Palmeiras



(clicke nas imagens para ampliar)

Caros amigos,

Neste Sábado fui à Biblioteca Municipal, e em vez de entrar pela entrada norte como costumo fazer, desta vez optei por entrar pela entrada Sul, junto à Policia de Segurança Publica e fazer a Avenida Principal da Alameda João de Deus, vulgo Rua Manuel Sabino, para matar saudades dos meus tempos de miúdo em que corria atrás dos pombos.

O espectáculo com que me deparei foi desolador, deixaram morrer mais de 80% das palmeiras que compunham esta avenida, que é transversal ao parque da Alameda e que ladeavam a avenida como que uns "marcadores" que lhe definiam o carisma.

Hoje, os altos troncos, como pináculos de catedral apontam para o céu na como que perguntado a Deus: "Porque me deixaste morrer???".

A alameda neste momento está ferida, descaracterizada, os pombos perderam o local para fazer os seus ninhos, ali estão, empoleirados no topo dos troncos, desprotegidos pela ausência de ramagem.

Aquele conjunto era de uma beleza estética inigualável, digam o que disserem, havia simetria, havia grandeza, dava uma sensação de imponência ao passar por entre aquelas árvores.

Agora está perdido para sempre... Agora quero ver que solução vai o Eng. Macário Correia arranjar para substituir aquele conjunto de árvores quase centenárias... que a meu ver... é insubstituível.

Grande perda para a cidade de Faro.

Cumprimentos Cordiais

Luís Passos

The game is up - Nigel Farage


Será que a vinda do FMI a Portugal servirá apenas para fazer a transição do Euro para uma nova moeda nacional e para renegociar a nossa divida, alem de,obviamente, servir de desculpa para o Estado tomar algumas medidas draconianas... senão for para fazer estas três coisas em simultâneo???

sábado, 27 de novembro de 2010

RECEITAS PARA ENFRENTAR A CRISE

Caros,

Aqui vos deixo mais uma receita barata e nutritiva para enfrentar os difíceis que se avizinham.
Desta vez é um empadão de atum, que é relativamente barato, e que poderá render bastante numa casa de família.

Quero ainda salientar que está a decorrer no Fórum Algarve uma campanha do Banco Alimentar Contra a Fome. Vá até lá e contribua com géneros alimentícios ajudando quem mais precisa. Alimente essa ideia!!! Eu já alimentei!!!

Cumprimentos cordiais

Luís Passos

EMPADÃO DE ATUM E ESPINAFRES


Ingredientes para 2 pessoas:

3 batatas grandes
2 latas de atum em azeite
8 cubinhos de espinafres congelados ou equivalente frescos
1 cebola pequena
sal e pimenta q.b.
75ml de leite
2 colheres de sopa de azeite
noz moscada q.b.
Preparação:

Lave e descasque as batatas. Corte-as em pedaços e leve-as a cozer em água temperada de sal.
Entretanto prepare o recheio de atum. Leve um tachinho ao lume com 1 colher de sopa de azeite e aloure a cebola previamente picada. Acrescente depois o atum escorrido e os espinafres. Tempere com um pouco de pimenta e sal e deixe cozinhar em lume brando até os espinafres estarem cozinhados e o líquido da cozedura ter quase todo evaporado.
Entretanto escorra  as batatas e reduza-as a puré com a ajuda de um passe-vite ou com um esmagador de batatas manual. Acrescente a outra colher de sopa de azeite, o leite e tempere com sal, pimenta e noz moscada. Misture bem e leve novamente ao lume até ferver.
Num pirex ou prato de forno coloque a mistura de atum e cubra com o puré de batata que deve ficar espesso e não muito líquido.
Leve ao forno quente (180ºC) apenas para dourar o puré e sirva de imediato com uma salada verde.

Bom Apetite! 


Receita retirada daqui.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Via do Infante custa 36 milhões por ano ao Estado




A Via do Infante custa 36 milhões de euros anuais, em prestações da Estradas de Portugal à Euroscut. Governo garante que portagens vão estar em toda a via e que o custo será o mesmo que nas outras SCUT. 

O Estado gasta 36 milhões de euros por ano na concessão da Via do Infante mas não quer fazê-lo por muito mais tempo. 

O contra-relógio para alterar essa realidade já começou com a preparação técnica para a introdução de pórticos em toda a extensão da A22, de forma a equilibrar até Abril de 2011, as contas públicas, palavra do Governo.

Segundo dados disponibilizados pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), o montante total que a Estradas de Portugal terá de entregar à concessionária Euroscut, em 2010, rondará os 36 milhões de euros e se todos os anos obtivessem esta média, o montante seria praticamente suficiente para pagar o valor investido pelos privados em dez anos, ainda que a concessão global seja por trinta. 

Em 2001, numa publicação trimestral a Comissão de Coordenação Regional do Algarve estimava em 220 milhões de euros (44 milhões de contos) o custo global da obra da Via do Infante entre Alcantarilha e Lagos, numa extensão que ronda os 40 quilómetros. 

Mas esta foi já a segunda fase da Via do Infante, a barlavento, uma vez que desde os anos 90 que a primeira, entre Vila Real de Santo António e Albufeira, com perto de 70 quilómetros, estava já concluída com o financiamento parcial do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) da União Europeia. 

Venham de lá esses fundos

A maior parte do financiamento (132,9 milhões de euros) foi disponibilizada durante o 1.º Quadro Comunitário de Apoio (QCA I) entre 1990 e 1993. Apenas uma parte menor foi financiada no período 2000/2006 (9,1 milhões de euros para o troço entre Guia e Alcantarilha). Como curiosidade, refira-se que quando comparado com financiamentos públicos de outras SCUT como as da Beira Interior, Beira Litoral, Beira Alta, Interior Norte e Grande Porto o investimento estatal ou comunitário no Algarve foi substancialmente maior.

A título de exemplo, diga-se que as SCUT da Beira Interior, Beira Litoral e Beira Alta receberam 7,3 milhões de euros, a SCUT do Interior Norte recebeu 7,8 milhões de euros e a SCUT do Grande Porto 12,5 milhões de euros, o que representa, respectivamente, 0,5 %, 1,4 % e 1,8 % dos custos totais do projecto. 

Já na região algarvia, segundo o MOPTC, para 142 milhões de euros públicos da primeira fase deram entrada posteriormente (entre Alcantarilha e Lagos) 382,7 milhões dos parceiros privados. 

Isto significa que os capitais públicos terão representado, segundo dados oficiais, cerca de 27 por cento dos custos totais do projecto.

Não obstante, o Governo já decidiu que as taxas, a aplicar até Abril, vão incidir sobre toda a extensão da Via do Infante e "ao mesmo preço das restantes SCUT", ou seja, 8 cêntimos por quilómetro. 

Contas redondas, com um valor já fixo

Números redondos, ir de Faro a Albufeira e voltar poderá vir a rondar os 4 euros, ir de Tavira a Portimão e regressar poderá custar 16 euros e uma viagem de Castro Marim a Lagos rondará os 10 euros, em estimativa. 

Confrontado com tarifas reais de cobrança, o Ministério das Obras Públicas adianta ao OdA que os valores “ainda não foram decididos”. 

Portagens para todo o sempre, isenções só por algum tempo

“Quem beneficiará das isenções? E por quanto tempo?”
Estas foram outras das perguntas que o Observatório do Algarve enviou ao Ministério das Obras Públicas, de forma a tentar confirmar informações que chegaram a ser algo confusas, numa fase inicial.

“Todas as pessoas e empresas locais que residam ou que tenham sede na região do Algarve terão isenções e descontos, até 30 de Junho de 2012”, afirma o MOPTC. “Beneficiarão ainda de isenções e descontos aqueles que residam ou tenham sede em alguns dos concelhos abrangidos pela região do Baixo Alentejo”, acrescenta, indicando que a partir de 1 de Julho de 2012 as isenções “passam a depender dos indicadores de desenvolvimento da região”.

Por outro lado, o OdA tentou apurar qual o período de vigência das portagens e se este estaria relacionado com a necessidade de amortização do investimento efectuado pelos privados, isto é, se terminariam no final da concessão. 

A resposta é peremptória: “As Auto-Estradas em Portugal são um serviço de valor acrescentado e por regra são estradas sujeitas a cobrança de portagens, logo a vigência de cobrança de portagens não está relacionada com qualquer concessão mas sim com o serviço de valor acrescentado oferecido”, conclui o Ministério das Obras Públicas. 

Como contraponto refira-se que a Comissão de Utentes Anti-Portagens da A22 contesta liminarmente que a Via do Infante possa ser considerada uma "autoestrada" e declina o estatuto de SCUT, devido aos financiamentos parcialmente públicos. Hoje há aliás uma marcha lenta, como forma de protesto, notícia que pode consultar aqui.

Faro apresenta Vila Adentro em livro

Decorre esta tarde, pelas 18h00, no Salão Nobre da Câmara de Faro, o lançamento do livro “Vila Adentro – O Espírito do Lugar”.

Esta obra é o resultado do trabalho desenvolvido pelas professoras Rosa Trindade e Dulce Bulha, com alunos dos 11º e 12º anos, da Área de Artes da Escola Secundária de Tomás Cabreira, em Faro, ao longo dos últimos três anos lectivos, no âmbito de um projecto relacionado com a Vila Adentro.

A obra não se limita a descrever o local mas a captar a sua alma através de um percurso em que todas as ruas são apresentadas por alguns dos seus alçados, pelo aspecto formal das suas plantas, pela história da toponímia, por desenhos e fotografias manipulados de modo criativo, representando aspectos gerais ou pormenores dos espaços em estudo, criando um novo olhar sobre a cidade velha e permitindo descobrir “a fantasia da realidade”… As imagens são acompanhadas por textos sobre as características das ruas e da sua arquitectura, sobre os sentimentos e emoções que delas emanam e os testemunhos de quem lá viveu.

Como referem as suas autoras na introdução, este livro “permite, não só, conhecer a história e usufruir do espaço mas, também, sentir a própria essência e o espírito do lugar”, como forma de despertar consciências para a importância da preservação e valorização deste maravilhoso espaço urbano da cidade de Faro.

Editado pela Escola Secundária Tomás Cabreira, a presente edição contou com o apoio da Câmara Municipal de Faro, da Direcção Regional da Cultura do Algarve, da Junta de Freguesia da Sé, da Universidade do Algarve, dos Costeletas (Associação dos Antigos Alunos da Tomás Cabreira), da FAGAR e da Global Fire.


Ademar Dias


BE do Algarve critica Conselho Executivo da AMAL por não rejeitar pagamento na A22



O Bloco de Esquerda demarcou-se hoje da posição do Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) quanto à cobrança de portagens na Via do Infante (A22), que "contraria a vontade expressa pela Assembleia Intermunicipal" de rejeitá-las.

O Conselho Executivo da AMAL decidiu pedir uma reunião ao primeiro ministro, José Sócrates, para pedir o adiamento da introdução de portagens até, pelo menos, à requalificação da Estrada Nacional (EN) 125 estar concluída.

O BE do Algarve denunciou a atuação do Conselho Executivo da AMAL presidido pelo presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, "que contrariando a expressão de vontade da Assembleia Intermunicipal tem vindo a negociar com o Governo a introdução de portagens na Via do Infante a troco de algumas pretensas contrapartidas".

O partido lembra ainda que a Assembleia Intermunicipal aprovou por ampla maioria, em junho, uma moção na qual "afirmava, de forma veemente, a rejeição da introdução de portagens” na A22, por considerar “que prejudicariam gravemente as populações e a economia da região, agudizando a situação de grave crise que se abateu sobre o Algarve”.

"Ao mesmo tempo era reconhecido que a EN 125, mesmo requalificada, jamais representará uma alternativa à A22, dadas as suas características intrínsecas”, acrescentou o BE, lamentando que a AMAL, "por responsabilidade o seu Conselho Executivo, não exerça a sua missão de articulação e promoção dos interesses da Região" e "se alheie dos problemas sentidos por quem nela reside e trabalha".

Por isso, o BE "rejeita o modelo de intervenção política e de gestão que a maioria PSD/PS está a imprimir à Comunidade Intermunicipal” e garante que “procurará contribuir para a mobilização dos algarvios na exigência dos efetivos e legítimos interesses da população".

Fonte: Agência Lusa citada pelo Região Sul

UAlg e Cineclube de Faro promovem “Desassossego” literário e cinematográfico

O Livro do Desassossego de Fernando Pessoa vai ser debatido numa mesa-redonda, às 18h00 de hoje, no Club Farense, em Faro.



Este evento conta com a participação do realizador João Botelho, de Richard Zenith, um dos maiores especialistas pessoanos, estando a moderação a cargo de João Minhoto Marques, docente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS) da Universidade do Algarve.

Mais tarde, às 21h00, no Grande Auditório da Universidade do Algarve, no Campus de Gambelas, será projectado “O Filme do Desassossego”, a mais recente obra cinematográfica de João Botelho.

Esta dupla iniciativa resulta de uma parceria entre a UAlg e o Cineclube de Faro.


Sobre a mesa-redonda Livro do Desassossego, Richard Zenith

Richard Zenith é um freelancer que se dedica à escrita, à investigação e à tradução. Especialista em Fernando Pessoa, os seus trabalhos mais recentes neste domínio incluem o texto de Fotobiografias – Século XX: Fernando Pessoa (Círculo de Leitores/ Temas e Debates 2008), a organização do Livro do Desassossego (8.ª ed., Assírio & Alvim, 2009) e a co-curadoria da exposição Fernando Pessoa: Plural Como o Universo (Museu da Língua Portuguesa, São Paulo, 2010).

Na introdução à primeira edição do Livro do Desassossego, Richard Zenith refere: «o que temos aqui não é um livro mas a sua subversão e negação, o livro em potência, o livro em plena ruína, o livro-sonho, o livro-desespero, o anti-livro, além de qualquer literatura. O que temos nestas páginas é o génio de Pessoa no seu auge».

Já na oitava edição, o Livro do Desassossego continua a surpreender Richard Zenith. «O que mais me espanta e atrai no Livro do Desassossego é, por um lado, a candura de expressão da alma que se auto-descreve - alma que é de Bernardo Soares, de Fernando Pessoa e de nós próprios, os leitores do livro e, por outro, «a poeticidade e a precisão daquela prosa ímpar. Lendo os trechos em voz alta é que se percebe essa qualidade poética, por exemplo, na cadência das frases e nos efeitos sonoros».

«Pessoa defendia que um espírito livre, uma inteligência viva, seria naturalmente flexível, mudando de opinião e de ponto de vista ao invés de ficar entrincheirado sempre nas mesmas ideias”. Para Fernando Pessoa, «a norma é que não existem normas nenhumas». Como especialista pessoano, Zenith contorna essa aparente contradição da seguinte maneira: «tento acompanhar este espírito livre que era Pessoa, explorando o seu vasto ser, sem tentar enquadrá-lo ou explicá-lo de modo "definitivo". Eu próprio, vou assumindo pontos de vista diferentes, realçando ora uma, ora outra faceta do poeta e da sua obra».


Sobre o Filme do Desassossego:

«É impossível filmar o Livro do Desassossego, “diziam-me todos”. Talvez – “disse eu”-, mas a partir de um texto que não tem tempo, não tem fim, não tem igual, foi-me possível criar um filme do desassossego que não pretende ser o livro (outra coisa é o cinema, que não arte literária); não em nome da experimentação ou da artística diletância, mas em nome do cinema que eu amo acima de tudo, e da língua, que é também a minha pátria», refere João Botelho na sua nota de intenção sobre o filme. Esta adaptação ao Cinema trata-se, assim, de uma adaptação pessoal e crítica do Livro do Desassossego.

Segundo Anabela Moutinho, do Cineclube de Faro, «esta sessão de cinema preenche uma lacuna previamente existente, já que a capital algarvia não faz parte da lista de distribuição do filme». Saliente-se que este filme não terá exibido em salas comerciais.


Sobre João Botelho:

João Botelho inicia-se na realização com duas curtas-metragens para a RTP e com o documentário de longa-metragem “Os Bonecos de Santo Aleixo” para a Cooperativa Paz dos Reis. Os seus filmes já foram premiados nos festivais de Figueira da Foz, Antuérpia, Rio de Janeiro, Veneza, Berlim, Salsomaggiore, Pesaro, Belfort, Cartagena, etc. Foi distinguido por duas vezes com o prémio da OCIC, da Casa da Imprensa e dos Sete de Ouro. Todas as suas longas-metragens tiveram exibição comercial em Portugal, quase todas em França e algumas em Inglaterra, na Alemanha, em Itália, em Espanha e no Japão. Teve retrospectivas integrais em Bergamo (1996), com edição de uma monografia sobre a obra, e em La Rochelle (1998). A Comenda da Ordem do Infante, de mérito cultural, foi ainda uma distinção que obteve em 2005.


Os bilhetes para o filme podem ser adquiridos no Cineclube de Faro (ao lado da Zara), nos seguintes horários:
Das 10h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30, segunda, terça, quarta e sexta-feira e nas sessões do IPJ, segunda-feira às 21h30.

As reservas podem feitas através do e-mail ccf@cineclubefaro.com ou do telefone 289 827 627.


Ademar Dias

In: Algarve noticias

Buzinão contra as portagens hoje na EN 125 - HOJE NO ARNEIRO



A comissão de utentes da Via Infante (A22) regressa hoje aos protestos de rua contra as portagens na A22 com uma "marcha de indignação" e um buzinão na Estrada Nacional 125.

A marcha está marcada para arrancar às 17h30, no Sítio do Arneiro, na Estrada Nacional 125 (EN125), uma das vias principais de Faro.

A iniciativa terminará pelas 19h30 junto à rotunda do Hospital Central de Faro, de acordo com um comunicado da comissão de utentes, em que se apela à população para fazer, durante a marcha, "um buzinão contra as portagens".

O Governo aprovou uma resolução que fixa a cobrança de portagens nas autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT) no Interior Norte, na Beira Interior, Litoral e Alta e no Algarve, conhecida como a Via do Infante, até 15 de abril de 2011.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Macário Correia, criticou na quarta-feira a iminente colocação de pórticos para portagens na Via do Infante sem haver diálogo com os municípios, que aguardam há dois meses por uma audiência com o primeiro-ministro.

Recorde-se que a AMAL solicitou a 04 de outubro uma reunião urgente com o chefe do Governo para pedir o adiamento da introdução de portagens na A22 (Via Infante) até à Estrada Nacional 125 estar requalificada, tendo reiterado o pedido de encontro a 09 de novembro.

A Comissão de utentes da Via Infante foi criada em setembro por um grupo de cidadãos do Algarve para lutar contra as portagens anunciadas pelo Governo.

In: Observatorio do Algarve

William e Kate: Convidados para passar lua-de-mel no Algarve

Com casamento anunciado para 29 de Abril de 2011, o príncipe William e a noiva, Kate Middleton, foram convidados pelo Turismo do Algarve a visitarem a região.

 O convite foi enviado através do embaixador britânico em Portugal, explica o Tursimo do Algarve num comunicado, no qual também se lê que "o príncipe William e a sua noiva Catherine Middleton poderão passar a lua-de-mel no destino turístico mais apetecível do país".

Segundo o comunicado, no documento remetido ao embaixador Alex Ellis, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve, Nuno Aires, felicitou a família real inglesa pelo anúncio do casamento e expressou votos de "alegria e felicidade" a William e Catherine, que irão casar-se no dia 29 de Abril, na abadia de Westminster, em Londres.

"Os turistas ingleses sempre ocuparam a primeira posição nas dormidas de estrangeiros na hotelaria algarvia e representam mais de metade das chegadas internacionais ao aeroporto de Faro", recorda o Turismo do Algarve.

In: Observatorio do Algarve

Neste caso, devo dizer que foi uma excelente jogada da Região de Turismo do Algarve. Parabéns. Assim é que se trabalha!!! Oferecendo a dia Lua de Mel, cujo custo será insignificante com os benefícios que isso trará à nossa Região, nomeadamente publicidade, visibilidade, sem falar no conjunto de pessoas que virá na esperança de deitar uma vista de olhos sob o casal em Lua de Mel.

Excelente trabalho de Marketing Indirecto... Num período em que o nosso turismo anda pelas ruas da amargura, vem dar novo folgo aos nossos empresários hoteleiros.

Desde já dou os meus parabéns a equipa da RTA que está por detrás disto.

Só é pena só terem estas tiradas de génio de vez em quando... é preciso ser arrojado, inovador e pensar mais além. Só assim saímos deste marasmo em que nos metemos com uma oferta apenas de sol, mar e golf.

RECEITAS PARA VENCER A CRISE

Açorda de Tomate

Caros,

Aqui vos deixo mais uma receita barata e simples para ajudar a vencer a crise. Será porventura uma boa opção para um jantar económico.

Cumprimentos cordais

Luís Passos



Ingredientes

3 Tomates
2 Dentes de alho
2 Batatas
2 Postas de bacalhau
2 Ovos
1 dl de azeite (a tapar o fundo do tacho)
1 Cebola
1 Folha de louro
1 Queijo mole inteiro (fresco)
¼ de pão alentejano migado em sopas
Metade de um pimento verde
Sal q.b.
Água q.b.


Preparação
Num tacho deite o azeite, a tapar o fundo do tacho. Depois faço um refogado com a cebola partida às rodelas, uma folhinha de louro e os dois dentes de alho. Arranje o tomate (tirando-lhe a pele e partindo-o aos bocadinhos) e insira-o no refogado com o pimento verde cortado aos pedacinhos. Refoga-se um bocadinho (sem se deixar queimar os temperos) e quando estiver bom, deita-se a água e as batatas. Abre-se fervura, deita-se o bacalhau, os ovos e o queijo mole. Deixa-se cozer. Prova-se de sal.
 Migam-se as sopas (pão alentejano cortado em pequenas e finas fatias) para uma tigela e deita-se o caldo lá para dentro. Numa travessa ficam as batatas, os ovos, o bacalhau e o queijo que serão comidos a acompanhar as sopas. Pode-se ainda servir como acompanhamento: azeitonas, uvas, figos frescos e rábano. 

A açorda de Tomate ainda pode levar ” Hortelã da Ribeira” ou “Poejo” que se mete lá dentro depois de se ter deitado a água.
 
Bom apetite!!!

Aeroporto de Beja poderá derrapar €40 milhões

O alerta parte do Tribunal de Contas. No relatório da auditoria ao aeroporto de Beja, hoje divulgado, pode ler-se: "No total, a obra vai custar cerca de 74 milhões de euros aos contribuintes". Previsão inicial: €34,1 milhões


O aeroporto de Beja, construído mas ainda sem funcionar, já custou quase €35,4 milhões, mais do que o previsto, e poderá atingir um total de €74 milhões, segundo o Tribunal de Contas (TC). 
No relatório da auditoria ao aeroporto de Beja, hoje divulgado, o TC refere que o encargo público com o empreendimento já é de quase €35,4 milhões, mais €1,3 milhões do que os €34,1 milhões inicialmente previstos no projeto aprovado.

Segundo o TC, este encargo inclui os custos com expropriações de terrenos, empreitadas, aquisições de bens e serviços e com a estrutura e o funcionamento da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB).

Além deste encargo, afirma o TC, será "ainda necessário despender mais 39 milhões de euros para operacionalizar o aeroporto" e "dar cobertura a défices de exploração" da EDAB até 2015.
"No total, a obra vai custar cerca de 74 milhões de euros aos contribuintes", valor "agravado pelos sucessivos adiamentos" da exploração do aeroporto", refere o TC.
  
Operacionalidade comprometida

No entanto, no contraditório incluído no relatório, a EDAB refere que o total de €74 milhões "não se refere à operação imediata da infraestrutura, mas àquilo que num horizonte futuro seria interessante ter, pressupondo-se o que seria necessário para se desenvolver o empreendimento até à sua capacidade máxima", incluindo a 2.ª fase (a primeira está concluída).

Atualmente, considera o TC, a operacionalidade do aeroporto de Beja "está bastante comprometida", já que falta a certificação, definir as taxas aeroportuárias e concretizar alguns investimentos e contratos com companhias de aviação.

Apesar das diligências efectuadas, "o interesse das companhias de aviação tem sido reduzido" por "não haver uma concessão que defina concretamente a natureza e a dimensão dos serviços de apoio e os preços a praticar" pelo aeroporto de Beja, frisa o TC.  

Atrasos e mais atrasos

Segundo o TC, as três empreitadas de construção do aeroporto custaram mais €2,3 milhões do que o previsto, ou seja, o custo total atingiu €26,5 milhões e o valor inicial de adjudicação era de €24,2 milhões. 
As empreitadas também sofreram atrasos nos prazos de conclusão, sendo que a primeira demorou mais 643 dias, a segunda mais 625 dias e a última mais 427 dias.   

A estes desvios, refere o TC, junta-se a não abertura do aeroporto em 2008 como previsto, estando o início das operações de transporte comercial (passageiros e carga) previsto para o verão de 2011, segundo a EDAB. 

O TC questiona também como o aeroporto de Beja poderá posicionar-se como complementar aos aeroportos de Lisboa e de Faro se o IP8, entre Sines e Beja, está em construção e não é conhecido qualquer projeto de desenvolvimento ferroviário.

O TC refere que a EDAB, criada em 2001, "só tem acumulado prejuízos" e os "sucessivos adiamentos" do início da exploração do aeroporto contribuíra para agravar os encargos de estrutura e funcionamento da empresa, cifrados "em cerca de quatro milhões de euros". 

Artigo do Expresso: Consultar aqui