quarta-feira, 6 de julho de 2011

Passos Coelho: "É o chamado murro no estômago"

Passos Coelho classificou hoje como um "murro no estômago" a decisão da Moody´s de cortar em quatro níveis o 'rating' de Portugal. 

"É o chamado murro no estômago", afirmou Pedro Passos Coelho, numa declaração transmitida pela RTP.
Esta afirmação do primeiro-ministro foi proferida durante o período de recolha de imagens que antecedeu as reuniões com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação Espanhola de Organizações Empresariais.

No final do encontro e questionado sobre o estado de espírito que encontrou junto do primeiro-ministro em relação a esta decisão, o presidente da CIP, António Saraiva, respondeu: "Mostrou-nos, obviamente, uma desagradável surpresa - o murro no estômago é [uma expressão] do senhor primeiro-ministro".
Antes, António Saraiva também tinha utilizado esta expressão para comentar a decisão da agência.
A agência de notação financeira Moody's cortou na terça-feira em quatro níveis o 'rating' de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do país na categoria de 'lixo' (junk).


Nota do Faro é Faro:
Em relação à classificação da Moody´s em relação a Portugal, como já tenho vindo a referir em posts anteriores, nunca  me surpreendeu, nem a mim nem a muitos Economistas Nacionais e Estrangeiros. O que eu gostaria de recordar, principalmente àqueles que têm Memória curta, é que quando as Taxas de Juro começaram a aumentar para o DOBRO em reacção ao chumbo do PEC IV, alguns "personagens" do PSD ou próximas do PSD, nomeadamente o actual Primeiro-Ministro, então líder da Oposição, vieram a público afirmar que tal desiderato se devia à falta de Credibilidade do Governo e principalmente do então Primeiro-Ministro José Sócrates e que os Mercados iriam reagir positivamente e inverter a tendência logo que o PSD fosse Governo. O juro a 10 anos antes do chumbo do PEC IV estava nos 4%, agora está em 14%!!!!!!!!.
Se a questão tem a ver com a Credibilidade do governo... não era por ai!

Obviamente o problema português, e penso que foi isso que esteve na base do corte, é que pura e simplesmente não tem economia. E sem economia não consegue gerar receita para pagar o que deve e distribuir. Basta ver que segundos alguns especialistas a nossa situação é bem pior que a grega, dado que apesar da grega ter um deficit pior, contabilidade criativa e muita má gestão, se tiver gente com juízo vai lá, porque tem uma economia que cresce a 4, 5% ao ano. Portugal não tem nada, não produz nada, importa tudo o que consome... 

Assim... não vamos lá!

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